quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Tchalê Figueira - poema inédito

Para o Ricardo Riso, no outro lado do Atlantico( um Axé à Bahia)


A ampulheta
media o tempo

Novo Mundo na
sua solitária
música de ondas

rendilhados na
aurífera areia
olhos indígenas
de nocturno azeviche

na linha do horizonte
As caravelas…

Pólvora negra
acendeu relâmpagos
selva violada
homens tombando
cruzes e gládios

o
livro negro
“palavra de Deus”
grilhetas sangrando…

atravessando
o Atlântico
levaram escravos

mas mais vale morrer
do que ser cativo
Zumbi dos Palmares
Oh liberdade!
 
Poema de Tchalê Figueira enviado em 8/11/2011.

Nenhum comentário: