domingo, 29 de novembro de 2009

Nelson Saúte e Ondjaki - crônicas no PNETLiteratura

Para quem quer conhecer crônicas recentes dos escritores Nelson Saúte (Moçambique) e Ondjaki (Angola), acesse o PNETLITERATURA - www.pnetliteratura.pt
Abraços,
Ricardo Riso

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pepetela e a elipse do herói, de Robson Dutra (MUDANÇA DE ENDEREÇO LANÇAMENTO LIVRO)


MUDANÇA DE ENDEREÇO

O coquetel de lançamento do livro Pepetela e a elipse do herói, de Robson Dutra, a ser realizado no dia 27 de novembro de 2009, das 16:30 às 20:00h, no SBACE, à Rua Senador Dantas, 19/601, centro, bem próximo ao local original.

O livro será apresentado pelas professoras doutoras Laura Padilha e Ângela Roberti.

Fonte: emai-l enviado pelo Prof. Dr. Robson Dutra em 25/11/2009.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reflexões sobre a cultura Afro: história, consumo, identidade e tendências

ESPM-RJ debate sobre a cultura afro-brasileira - 12/11/2009

Rio de Janeiro, novembro de 2009. No próximo dia 26 de novembro, às 19h, a ESPM – RJ realiza um debate importante sobre a cultura africana no Brasil. O objetivo do encontro é refletir sobre a importância do resgate histórico, a preservação da identidade e a oferta de produtos e serviços voltados para a população afro-descendente dando início a uma pesquisa, qualitativa e quantitativa, em 2010.

Com o debate, a ESPM – RJ tem o intuito de analisar as ofertas do mercado, as estratégias de marketing criadas pelas empresas, percepção do consumidor, satisfação entre outros assuntos. Temos no Brasil, a cultura africana incorporada ao nosso dia-a-dia, mesclada a outras influênicas. O mercado por sua vez não tem atendido aos desejos de consumo.

Diante do início de crescimento da oferta para este público, o mercado passa a oferecer produtos diferenciados como cosméticos, maquiagens específicas, crescendo 26%, quando os convencionais tiveram uma expansão entre 6% e 11%. Já para setor de brinquedos, tiveram vendas acima das expectativas.

Além disso, eventos como a Copa do Mundo na África, a 3ª Edição do Festival Mundial das Artes Negras – Fesman, ambas agendadas para 2010, e o Dia da Consciência Negra, comemorado todo dia 20 de novembro são bons exemplos da importância de manifestações culturais que interferem sobretudo na educação brasileira e como a cultura é abordada nas escolas e universidades.

Com isso, além dos estudos de marketing, a ESPM – RJ pretende criar um banco de dados como referência para as empresas interessadas no mercado afro e contextualizar as pesquisas sobre as de oportunidades de oferta de produtos para este segmento.

Para este encontro foram convidados: Elisa Larkin Nascimento, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo e mestre em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade de Nova York; Eliane Borges da Silva, chefe de Gabinete da Fundação Cultural Palmares/ Ministério da Cultura; João Bosco de Oliveira Borba, presidente da Associação Nacional dos Coletivos de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros; Ong’s 4E e Estimativa; Grupo de Cinema Afro-Carioca; Maurício Pestana, presidente do Conselho Editorial da revista Raça Brasil, membro do Conselho Executivo do Museu Afro Brasil e autor de diversas obras relacionadas à cultura afro; e representantes da empresa Niely: João Freitas, gerente de criação e Delane Azevedo, gerente da linha Permanente afro. O evento conta com o apoio da revista Raça, IPEAFRO, grupo de estudos Diasporando, Niely, Kiva cosméticos, editora Pallas e Livraria Kitabu.

Informações: Reflexões sobre a cultura Afro: história, consumo, identidade e tendências

Data: 26 de novembro de 2009, quinta-feira
Horário: 19h
Local: Rua do Rosário, 90 – Centro, Rio de Janeiro
Mais informações pelo telefone: (21) 2216-2002

Fonte: http://www.espm.br/ConhecaAESPM/AconteceNaESPM/Noticias/Pages/NoticiaExibir.aspx?noticiaId=1005

José Luís Tavares ganha pela 2ª vez o prêmio “Literatura para Todos” do MEC/Brasil

Mais um prêmio literário para o cabo-verdiano José Luís Tavares! Felicito-o por mais esta conquista aqui no Brasil!
Parabéns, José Luís Tavares!!
Ricardo Riso


Notícia publicada em destaque na Inforpress.cv
Date: Wed, 25 Nov 2009 15:40:04 +0400

Literatura: José Luíz Tavares galardoado pela segunda vez consecutiva no Brasil

Praia, 25 Nov. (Inforpress) – O poeta cabo-verdiano radicado em Portugal José Luiz Tavares foi galardoado pela segunda vez consecutiva com o prémio “Literatura para Todos” do Ministério da Educação do Brasil, soube a Inforpress.

O prémio, no valor de 10 mil reais (cerca de 423 contos), foi atribuído ao livro inédito “À bolina ao redor do natal” e será entregue durante a Conferência Internacional de Jovens e Adultos, que acontece em Belém do Pará, às portas da Amazónia, de 4 a 8 de Dezembro.

Em declarações à Agência Inforpress, a partir de Lisboa, o autor de “Lisbon Blues” disse que o livro agora premiado será publicado na Colecção Literatura para Todos, com uma tiragem de 300 mil exemplares.

De acordo com o galardoado, as publicações serão enviadas às entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, às escolas públicas que oferecem a modalidade EJA, às universidades da Rede de Formação de Alfabetização de Jovens e Adultos, aos núcleos de EJA das instituições de educação superior e às unidades prisionais, entre outros.

Recorde-se que Tavares recebeu esse mesmo prémio em 2008 pelo livro “Os secretos acrobatas”, que se encontra neste momento em processo de editoração.

Este prémio vem juntar-se ao prémio Pedro Cardoso, que lhe foi atribuído o mês passado pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde, pelo livro inédito em língua caboverdiana intitulada “Tenpu di Dilubri”. Este prémio, no valor de mil e duzentos contos caboverdianos, é o prémio de maior dotação monetária no país.

Além desses prémios, o poeta do Tarrafal (menino di Txon Bon, como se auto-intitula) conquistou outros prestigiados prémios no estrangeiro e em Cabo Verde, tais como o Prémio revelação Cesário Verde, da Câmara municipal de Oeiras, em 1999, o prémio Mário António, da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2004, o prémio Jorge Barbosa, da Associação dos Escritores Caboverdianos, em 2006, tendo ainda sido finalista do prémio Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa, em 2005, e semi-finalista do prémio Portugal Telecom de Literatura no Brasil.

Recorde-se que além dos prémios, Tavares tem recebido largos encómios da crítica um pouco por todo o mundo da língua portuguesa, nomeadamente em Portugal e no Brasil, onde as suas obras já são objecto de teses de doutoramento.

Falando de outros projectos, José Luiz Tavares indicou que terá nas bancas ainda esta semana o álbum “Cidade do mais antigo nome”, que toma como objecto a Cidade Velha de Santiago, património cultural da humanidade, editado pela mais importante editora de poesia do mundo da língua portuguesa, a Assírio e Alvim de Lisboa.

À Inforpress, o escritor anunciou que em meados de Dezembro sairá uma nova edição, a terceira, de “Paraíso Apagado por um trovão”, desta vez bilingue (traduzida para caboverdiano pelo próprio poeta), corrigida e aumentada.

A edição será da novel editora, a Santiago edições, da universidade de Santiago.

Sempre na vanguarda, José Luiz Tavares assegurou à Agencia Cabo-verdiana de Informação que as obras em português estão escritas segundo o novo acordo ortográfico, que entrou em vigor em Cabo Verde no dia 1 de Outubro, como já acontecera com o livro anterior “Lisbon Blues” editado o ano passado no Brasil, e as em língua caboverdiana usando o alfabeto caboverdiano aprovado em Março pelo governo.

Tavares, nascido em Cabo Verde em 10 de Junho de 1967, mas residente em Portugal, onde estudou Literatura e Filosofia e onde escreve poesia, deverá estar em Cabo Verde em meados de Dezembro e finais de Janeiro para a apresentação dessas obras.

Inforpress/Fim

Fonte: e-mail enviado pelo poeta José Luís Tavares em 25/11/2009

Da palestra no 6º Festival de Teatro de Duque de Caxias

por Ricardo Riso

Aos componentes do CPTDC


Palestra "Ler para encenar: introdução às literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique" durante o VI Festival de Teatro de Duque de Caxias, no SESC/D.Caxias, em 24/11/2009. À esquerda, Vanessa, integrante do CPTDC.

Fui convidado para apresentar as literaturas africanas de língua portuguesa no 6º Festival de Teatro de Duque de Caxias, organizado pelo Centro de Pesquisas Teatrais Duque de Caxias (CPTDC - www.cptdc.blogspot.com). Como não tinha ideia de que tipo de público encontraria, optei por me escorar em alguns cânones de Angola, Cabo Verde e Moçambique, tais como Agostinho Neto, José Craveirinha, Noémia de Sousa, Manuel Lopes e Jorge Barbosa. Depois, poderia comentar a produção contemporânea representada por nomes como João Tala e Sangare Okapi. Todos os textos com acompanhamento de obras dos artistas plásticos Roberto Chichorro, Tchalé Figueira, entre outros.

Por seu caráter introdutório, a palestra foi estruturada no contexto histórico em que os poemas foram realizados e na fundamental participação dos escritores nos processos de independência de cada país, como Agostinho Neto em Angola e José Craveirinha em Moçambique, figuras emblemáticas nos partidos políticos MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), respectivamente.

Foto do campo de concentração do Tarrafal (Cabo Verde) e poema Anti-evasão de Ovídio Martins, palestra "Ler para encenar: introdução às literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique" durante o VI Festival de Teatro de Duque de Caxias, no SESC/D.Caxias, em 24/11/2009. À esquerda, Vanessa, integrante do CPT.

Apesar do público pequeno, talvez devido ao horário vespertino, a palestra apresentou bons resultados pois aguçou a curiosidade de várias pessoas vieram-me questionar aspectos históricos e dos textos literários desses países.

Pintura de Naguib na Palestra "Ler para encenar: introdução às literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique" durante o VI Festival de Teatro de Duque de Caxias, no SESC/D.Caxias, em 24/11/2009. À esquerda, Vanessa, integrante do CPT.

Quero agradecer a maneira como fui recebido, celebrar o belo trabalho desenvolvido pelo Centro de Pesquisas Teatrais Duque de Caxias (CPTDC) e pela organização de um evento com nove dias de duração. Marca impressionante por causa das dificuldades em realizar um festival sem os apoios necessários, mas que se concretiza pelo empenho, disposição, persistência e amor dos integrantes do CPTDC ao Teatro.

Apresentando tela de Antonio Ole na palestra "Ler para encenar: introdução às literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique" durante o VI Festival de Teatro de Duque de Caxias, no SESC/D.Caxias, em 24/11/2009.

Congratulo o Grupo Antiga Capital Federal que encenou a peça “Estou indo embora, não me peça para ficar; e depois que estiver ido não me peça para voltar” que trata com delicadeza a fragilidade dos relacionamentos humanos, da solidão imposta e da reestruturação emocional, mostrando que apesar das decepções que a vida coloca em nossos caminhos, o melhor é seguir em frente, fronte erguida e viver. Espetáculo sensível, singelo e universal, como nos melhores textos de Caio Fernando Abreu.

15ª PRIMAVERA DOS LIVROS - Rio de Janeiro - 26 a 29/11

15ª PRIMAVERA DOS LIVROS
Rio de Janeiro
A 15ª Primavera dos Livros acontece de 26 a 29 de novembro, e tem patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, tradicional parceira do evento.

Este ano, o tema do encontro dos editores independentes é a literatura de Cordel, em homenagem ao centenário de nascimento do poeta e cordelista cearense Patativa do Assaré. Realização da Libre-Liga Brasileira de Editoras, a Primavera dos Livros Rio de Janeiro 2009 vai ocupar o jardins do Museu da República, das 10h às 22h, com lançamentos, atividades para crianças, uma programação especial para professores e profissionais do mercado editorial, e venda de livros com até 40% de desconto. Em cerca de 90 estandes, os editores estarão presentes para trocar ideias com o público. A entrada é gratuita.

15ª Primavera dos Livros
26 a 29 de novembro de 2009 (dia 26, a partir das 18 horas)
Jardins do Museu da República
Rua do Catete, 153 - RJ
Das 10h às 22h
Entrada gratuita

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Da palestra no campus São Gonçalo-UNESA/RJ

Por Ricardo Riso


No dia 18 de novembro tive o prazer de retornar ao campus São Gonçalo da Universidade Estácio de Sá para ministrar uma nova palestra após quatro anos. Naquela ocasião fazia parte de um grupo chamado Roda de Leitura e falei sobre a obra do poeta e agitador cultural tropicalista Torquato Neto. Agora, atendendo ao gentil convite da Profa. Dra. Angela Rego participei do evento África muito além do Tarzã: desfazendo estereótipos, para apresentar as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.

A mesa, com mediação da Profa. Dra. Angela Rego, contou com a participação da Profa. Dra. Luciane Nunes que apresentou uma pertinente comunicação acerca da lei 10.639/2003 e a importância de uma nova postura do professor perante as questões africanas e afro-brasileiras em busca de uma sociedade plural, diversificada e igual. Para abrilhantar ainda mais sua fala, apresentou poemas de Agostinho Neto como Criar e Aspiração. Belos, simplesmente.

Profa. Dra. Luciane Nunes, Profa. Dra. Angela Rego e Ricardo Riso

Em nossa universidade, a disciplina literaturas africanas de língua portuguesa integra o currículo da graduação, porém não é mais presencial como foi na minha época. Entretanto, mesmo sendo uma disciplina on line, a força e o carisma dessas literaturas continuam a atrair diversos alunos como tive o prazer de constatar naquele campus, que preparam seus TCC’s e vislumbram um futuro curso de pós-graduação na área.

Devido ao conhecimento inicial de boa parte do público, decidi apresentar a produção literária de Angola, Cabo Verde e Moçambique surgida nas décadas de 1980, 1990 e 2000 com o intuito de mostrar autores pouco estudados por aqui como João Tala e José Luis Hopffer C. Almada, e nomes conhecidos como Mia Couto e Ondjaki. Além disso, procurei fazer comparações com as artes plásticas desses países, logo, também divulgando esses artistas, tais como Yonamine, Mito, Naguib e Tchalé Figueira.

Esse recorte deve-se ao fato de que, apesar das peculiaridades da produção contemporânea muito marcada pela distopia, não ficamos impedidos de abordar temas recorrentes à história dessas literaturas e como estes são revistos pelos escritores, como na questão da emigração em Cabo Verde e o viés irônico exposto por Arménio Vieira:

Era uma vez
Dois amigos a falar
E começaram pelo mar
A propósito do Suez (...)

- Não é por enjoar
Mas se nos calhar
Uma grande baleia?

- No Suez? Que ideia!
Mas tomara que assim fosse.
Pois tosse,
Mas escuta:
Ora bom dia, dona Baleia!
Olá, companheiros de luta!
Querem ir de boleia?
(Som de piano. Cai o pano)
(VIEIRA, Arménio. Viagem, Rima & Fantasia. In: Poemas. Mindelo: Ilhéu Editora, s/d. p. 44-45)


ou no caso do jovem moçambicano Sangare Okapi, que revisita a tradição lírica da literatura de seu país em um belíssimo jogo intertextual ao prestar uma linda homenagem a dois dos seus maiores representantes, José Craveirinha e Luís Carlos Patraquim no poema Patraquimmiana:

Para J. C.
Não sei com que estranha miragem. Confesso.
Meu lírico cartomante das noitadas pela Mafalala!
Sim, agora que o medo já não puxa lustro na cidade. Velho Zé,
Livre e limpo da morte, regressas pelos carris da memória,
mãos aninhadas nos bolsos rotos. A mesma cartola preta,
Amarrada ao vento e um pássaro que já não cabe no verso
Preso no lembo da língua, desmentem o teu estatuto
De cidadão do futuro e regressas, velho Zé!
Nenhuma epopeia trazida dos escombros se levanta do rosto,
Nenhuma elegia brota do coração, nenhuma!
E regressas, velho Zé, poeta em todas as latitudes!...
(OKAPI, Sangare. Mesmos Barcos. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2007. p. 39)


Passports. obra de Abraão Vicente, em
http://abraaovicenti.blogspot.com/2007_01_01_archive.html

A inserção das artes plásticas motiva-se pela apropriação de objetos feita pelo cabo-verdiano Abraão Vicente na série Passports, pelos múltiplos meios utilizados pelos artistas aliando harmoniosamente técnicas tradicionais e meios tecnológicos como na obra do moçambicano Naguib e na instalação de Yonamine, que faz da fragmentação e da espacialidade caótica de elementos a maneira para demonstrar o desencanto com a política, presente em imagens de líderes comunistas como Fidel Castro, e o desarranjo do cotidiano angolano enfatizado na grafia errônea que dá título à obra, Phree Style.

Phree Style, instalação de Yonamine, http://www.artafrica.info/Image/Expo/expo_16_179.jpg

Para finalizar, agradeço a oportunidade dada pela Profa. Dra. Angela Rego para apresentar minha pesquisa, o prazer em compartilhar a mesa com a Profa. Dra. Luciene Nunes e, principalmente, agradecer ao carinho e à atenciosa acolhida do público presente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Projeto Difusão Cultural dos Países Africanos de Língua Portuguesa

Projeto Difusão Cultural dos Países Africanos de Língua Portuguesa
Oficina Cultural Regional Cândido Portinari
Coordenação: Fatu Antunes

Homenagem a Leão Lopes

Novembro
24 - Ciclo de filmes seguido de debates com o roteirista e diretor Leão Lopes
15:00 h - Ilhéu de Contenda (Estúdios de Cinema de São Paulo)

19:00h - Mesa: Aspectos da Literatura de Cabo Verde (UNAERP)
Diana Toneto - Unaerp
Aparecidade Frigeri - Fafibe

21h30 - São Tomé, os últimos contratados (UNAERP)

25 - Cabo Verde: do verbo ao vídeo (Biblioteca Padre Euclides)

Maiores informações e inscrições:
(16) - 3625-6430/3625-6161


Fonte: e-mail enviado pela Profa. Dra. Norma Lima (UNESA) em 23/11/2009.

Filinto Elísio - Tácteis outrora (poema inédito)

tão de ti
esses dedos no zipper
e a curiosa geografia
de tua boca

e nos teus olhos
a janela
são vidros moídos
que gemem
corroídos também
além das braguilhas
são os adros
e a procissão de nós

(não digas a ninguém
que os Alpes
são deuses nevados)
soletrados ainda
de verbos arfantes
serás tu
por entre pernas

tuas mãos tantas
sequer as vejo

tácteis outrora...


poema inédito enviado por Filinto Elísio em 18/11/2009.

6º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias, palestra Ricardo Riso


Acima a programação do 6º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias, no qual ministrarei a palestra Ler para encenar: introdução às literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique, terça-feira, dia 24/11, às 14h.
Ricardo Riso

Adinkra:sabedoria em símbolos africanos (livro)


Adinkra vem em boa hora destacar o universo filosófico e estético asante que se tornou patrimônio do país de Gana e que depois viajou ao outro lado do mundo. Ao reunirem os símbolos adinkra, os organizadores deste volume nos propiciaram um recurso exemplar que muito contribuirá para fertilizar o terreno da consciência sobre as cosmovisões da África continental e o seu significado para o Brasil e para as sociedades do hemisfério americano. Em português, inglês, francês e espanhol.

Livro de Elisa Larkin Nascimento Luiz Carlos Gá

Editora: Pallas

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cuti - Torpedo (poema) p/o Dia da Consciência Negra

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, um poema de Cuti para as consciências ainda aprisionadas.

Ricardo Riso


torpedo

irmão, quantos minutos por dia

a tua identidade negra toma sol

nesta prisão de segurança máxima?


e o racismo em lata

quantas vezes por dia é servida a ela

como hóstia?


irmão, tua identidade negra tem direito

na solitária

a alguma assistência médica?

ouvi rumores de que ela teve febre alta

na última semana

e espasmos

– uma quase overdose de brancura –

e fiquei preocupado.


irmão, diz à tua identidade negra

que eu lhe mando um celular

para comunicar seus gemidos

e seguem também

os melhores votos de pleno restabelecimento

e de muita paciência

para suportar tão prolongada pena

de reclusão.

diz ainda que continuamos lutando

contra os projetos de lei

que instauram a pena de morte racial

e que ela não tema

ser a primeira no corredor

da injeção letal.


irmão, sem querer te forçar a nada

quando puderes

permite à tua identidade negra

respirar, por entre as mínimas grades

dessa porta de aço

um pouco de ar fresco.


sei que a cela é monitorada

24 horas por dia.

contudo, diz a ela

que alguns exercícios devem ser feitos

para que não perca completamente

a ginga

depois de cada nova sessão de tortura.


irmão, espero que esta mensagem

alcance as tuas mãos.

o carcereiro que eu subornei para te levar o presente

me pareceu honesto

e com algumas sardas de solidariedade.

irmão, sei que é difícil sobreviver

neste silencioso inferno

por isso toma cuidado

com a técnica de se fingir de morto

porque muitos abusaram

e entraram em coma

fica esperto!

e não esquece o dia da rebelião

quando a ilusão deve ir pelos ares.


um grande abraço

deste teu irmão de presídio


assinado:

zumbi dos palmares


(CUTI. Negroesia - antologia poética. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007. p. 92-94)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Jornal A Nação (Cabo Verde) No. 116 - Arménio Vieira resenhado por Ricardo Riso


Prezados(as),

As imagens a seguir são do jornal A NAÇÃO, de Cabo Verde, Nº116 DE 19 DE NOVEMBRO DE 2009. Nesta edição, na página 14, encontra-se minha resenha crítica: Arménio Vieira – o poeta que não se corrompe.
Para quem quiser conferir a versão em .pdf do jornal, basta deixar um recado em qualquer texto do blog ou enviar e-mail para risoatelie@gmail.com

Abraços,
Ricardo Riso

Arménio Vieira – o poeta que não se corrompe
Por Ricardo RisoA literatura de Cabo Verde recebeu um reconhecimento internacional que há muito lhe era devido com o merecido Prêmio Camões ao escritor Arménio Vieira, detentor de uma obra escassa, dispersa, multifacetada e de altíssima qualidade.

Escreveu quatro livros, dois de poemas, “Poemas” (trechos citados são deste livro) e “Mitografias, e dois romances, “O eleito do sol” e “No inferno”, além de textos publicados em revistas como "Fragmentos" e "Vértice", sobretudo, em Cabo Verde.

Vieira nasceu na Praia, ilha de Santiago, em 29/01/1941. Surgiu na geração dos anos 1960, tendo participado do histórico suplemento Seló (1962). Pelo seu envolvimento na luta de libertação amargou dois anos de clausura nas cadeias da PIDE. Talvez por isso a opção por um sujeito lírico transfigurado em “touro onírico”, irônico, irreverente, libertário, indignado com os desvios éticos de seus contemporâneos: “e lá no alto, rente ao tecto / fazer chichi na presunção / de tantas bestas juntas / santos beatos e jumentos” (p. 37).

O “poeta de vento sem tempo” se compara a um gato: “o espírito de um gato / é como o canto de um poeta / – não atende nem escuta / a ordem de ninguém” (p. 30). Compromissado com seus valores e com o fazer poético, versa: “ser poeta a sério / implica uma espécie de suicídio” (p. 106). Com isso, temos um ilimitado e criativo mundo: “é pela metaforização do discurso / que se salva o pensamento” (p. 9).

Sua poesia é de forte cariz existencial, metafísico e metapoético. Na década 1970, o cantalutismo predomina e o sujeito lírico indaga seus pares com questões de liberdade existencial, como em “Didáctica Inconseguida”: “ensino-te caminhos / que não passam pela porta de ninguém / e dizes que sou louco” (p. 59).

Rompimento estético assumido e a própria dificuldade do fazer poético é desnudada em “Canto final ou agonia de uma noite infecunda” em que “a flor desfeita / não embala o coração do poeta” (p. 69). Logo, imagens corrosivas ilustram a agonia de pertencer a um “tempo devassado por insectos cor de cinza / A voz suspensa e negada / cede a vez à letra amorfa / inscrita no silêncio / Com seu peso de chumbo e olvido / acaba o poema / e um ponto final selando tudo” (p. 70).

Uma característica marcante é o uso inventivo da metalinguagem, além do seu profundo conhecimento dos cânones literários ocidentais. O sujeito lírico apropria-se da literatura grega e dos mitos greco-latinos em imagens irônicas e inusitadas, como em “Fábula de Esopo”:

Um touro, ignorante de cabeça,
mas rijo de couro e carcaça,
quis ser elefante

Engoliu vento, inflou...
e já feito imenso balão
(de meter medo à selva e ao leão)
deu um estouro e tombou
(...)

(p. 33)


Apesar do existencialismo, encontra-se a denúncia das desigualdades de seu tempo: “o tempo que perdemos atrás dos mortos / sem nunca pensarmos nos mortos que somos” (p. 27). Revolta-se com a crueldade humana: “Na face / de certos homens / tanta vez / um retrato / a plena luz / de cão perfeito / e feroz / (até espanta / não ladrarem)” (p. 31), e beira o sarcasmo em “Caviar, champanhe & fantasia” ao citar a esplanada da Cidade da Praia que “seria um oásis magnífico e fresco (...) / teria um leite mais branco / e clientes catitas e empregadas bonitas / e baixaria para uma média razoável o número de pedintes / (...) e haveria por certo uma clínica ali perto / e remédios para tudo (até para os males sem cura)” (p. 46).

Vieira apresenta uma poesia atemporal, cabo-verdiana e universal, atenta e indignada aos problemas do cotidiano e das incoerências humanas, inquietante em suas indagações existenciais e experiências estéticas. Ela é irônica, sarcástica e corrosiva. Intensa criatividade nas ressignificações das mitologias greco-romanas, nas apropriações dos cânones literários ocidentais. Vieira é coerente e fiel a sua obra, conseguindo extrair de um mundo infestado por decepções e desconforto matéria para tecer uma poesia cuidadosa, sutil e bela. Arménio Vieira, um poeta que jamais se corrompeu!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A HISTÓRIA DA ÁFRICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA, de Rosa Margarida de Carvalho Rocha (livro)


A incansável Profa. Rosa Margarida de Carvalho Rocha lança mais um livro essencial para o professor da Educação Básica trabalhar com as temáticas exigidas pela Lei 10.639/03. Trata-se do A HISTÓRIA DA ÁFRICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA - Almanaque Pedagógico (referenciais para uma proposta de trabalho), publicado pela Nandyala - Livraria e Editora.

Para comprar e adaptar as propostas pedagógicas às suas aulas.

Ricardo Riso

Mestre Didi - A influência da religião afro-brasileira na obra escultórica do... (livro)


O livro faz uma rica análise do papel imprescindível que a religiosidade afro-brasileira desempenhou na produção artística desenvolvida pelo Mestre Didi. As esculturas são confeccionadas com contas, búzios, couro e hastes palmeira, inspiradas em mitos, lendas e objetos de culto aos orixás. Suas obras fazem parte do acervo do Museu Picasso, em Paris, do MAM de Salvador e do Rio de Janeiro, Museu Afro-Brasileiro em São Paulo, entre vários outros museus estrangeiros. Mestre Didi é artista plástico e sacerdote do culto de matriz africana na Bahia.

Livro de Jaime Sodré


Fonte: blog da Kitabu - livraria negra - http://kitabulivraria.wordpress.com/

Frantz Fanon - Pele Negra, Máscaras Brancas (livro)



A obra fala sobre a negação do racismo contra o negro na França e teve sua primeira edição, em português, em 1963. É um clássico do pensamento sobre a Diáspora Africana, do pensamento da descolonização, do pensamento psicológico, da teoria das ciências, da filosofia e da literatura caribenha O autor revela, ainda, como a ideologia que ignora a cor pode apoiar o racismo que nega – pensamento que causou grande turbulência nas décadas de 1960 e 1970. O livro aguça nosso senso crítico e é uma das mais importantes obras contemporâneas sobre o racismo e seus impactos.Fanon foi psiquiatra, escritor e ensaísta francês, nascido na Martinica. Ele é considerado o maior pensador do século XX relacionado a temas da descolonização e psicopatologia da colonização. Suas obras foram inspiradas nos movimentos de libertação anticoloniais por mais de quatro décadas.
Livro de Frantz FanonTradução de Renato da Silveira
Editora: EDUFBA

João Melo na Balada Literária (São Paulo)

DIA 19 DE NOVEMBRO 2009
19h00 – SESC Pinheiros
Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros – Tel. 3095-9400

Um bate-papo com dois dos principais autores em língua portuguesa


MARCELO MOUTINHO [escritor carioca, organizador da antologia Dicionário Amoroso da Língua Portuguesa] conversa com JOÃO MELO [poeta, contista e jornalista angolano, vencedor do Grande Prêmio de Cultura e Artes de Angola 2009) e com JOSÉ LUÍS PEIXOTO [foto - nascido em Lisboa, escreveu, entre outros, o romance Cemitério de Pianos, com o qual é finalista do Prêmio Portugal Telecom 2009]

Fonte: http://baladaliteraria.zip.net/index.html

Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na UNESA

A disciplina de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa deixou de ser presencial para se tornar disciplina on line no curso de Letras da Universidade Estácio de Sá. Por si só, um absurdo! Portanto, os atuais alunos do curso no campus Millôr Fernandes, reivindicam o direito a debates presenciais.

Por causa dos incontáveis estereótipos e preconceitos que nossa sociedade possui acerca do continente africano, é normal que várias questões e dúvidas inquietantes incomodem os estudantes quando se deparam com os textos dos autores africanos. Por isso é justa a reivindicação dos alunos e os debates, necessários.

Aqui deixo o meu apoio nesta luta.

Ricardo Riso

domingo, 15 de novembro de 2009

Alcir Dias, pintura afro-brasileira

Por Ricardo Riso

Apesar da imensa parcela da população brasileira ser representada por negros e mestiços, a representação destes na arte brasileira sempre foi marginalizada e estereotipada. Temas que valorizem a cultura afro-brasileira e a própria figura do(a) negro(a) nunca foram muito presentes entre nossos artistas, principalmente entre os de vanguarda, com algumas raríssimas exceções, entre as quais, destaco Hélio Oiticica. Pode ser que isso explique pelo fato de ser mínima a participação de artistas de descendência afro-brasileira entre os vanguardistas, logo, estes, oriundos de uma elite branca, que estranhamente insiste em afirmar que não há racismo no país, não trabalha temas inspirados em nossas raízes afro e africanas.

Talvez, por isso, seja comum encontrarmos tais temas em artistas que representam a parcela excluída da população brasileira. Artistas conscientes de seu papel social, étnicorracial, portanto, sensíveis à defesa da cultura de seus pares. O artista plástico carioca Alcir Dias pertence a esse grupo de artistas que procura revelar que a cultura brasileira possui uma diversidade rica e negra, mas renegada pelos principais meios de comunicação e no circuito artístico contemporâneo de galerias e museus, inclusive.

Fiel à pintura, Alcir Dias retrata a imagem do homem e da mulher negros. Detentor de um olhar acurado, delicado e harmonioso, somos conduzidos por suas telas a um belo universo que mostra a exuberância da cultura negra, dos seus costumes, cotidiano e religiosidade de raiz ancestral africana e como se formou o amálgama da cultura afro-brasileira. Passear o nosso olhar sobre as pinturas elaboradas por Dias é navegar pelo mundo negro, por aquilo que ele tem de pungente, bonito e sedutor.
Zé Maria

Contudo, Alcir Dias jamais abandona a denúncia social perpetrada ao negro que já havia sofrido pelos séculos de escravidão, mas, que, infelizmente, os flagelos prolongam-se devido à permanência das condições desfavoráveis impostas nos dias atuais. Obra como “Zé Maria” desmascara o que há de mais vergonhoso em nossa sociedade: o descaso, a invisibilidade e a insensibilidade do menor abandonado, negro, em sua maioria. O traço firme de Dias escancara a incompreensível mazela social ao qual as crianças negras são obrigadas a viver. O fundo da tela em tons ocre e azul, com motivos geométricos mas sem maiores detalhes faz uma analogia com o menor abandonado, com o vazio de sua existência. O olhar melancólico do menino retratado pela sensível mão de Dias, atinge-nos com a voracidade de quem tem fome, de quem é incapaz de entender o mundo em que vive, que rejeita a sua condição de criança, que nega a sua dignidade e não lhe dá esperança. Contemplar o olhar triste de “Zé Maria” é inferir o quanto somos hipócritas ao sustentarmos essa repugnante insensibilidade.

Outro aspecto tratado com relevância na trajetória pictórica de Dias é a representação de elementos da religiosidade afro-brasileira, tratada com exuberância, respeito e dignidade ao retratar os orixás e toda simbologia que os compõe. Expressar a religiosidade afro é importante para demarcar o quanto nossa cultura é plural e o quanto é necessário o respeito ao outro, principalmente quando esse outro é negro. Daí a pertinência desses temas serem retratados nesses tempos em que a intolerância religiosa expande perigosas garras ao manifestar seu ódio contra as manifestações espirituais afro-brasileiras.
Oxalá

Bom, a obra de Alcir Dias presta um belo serviço à sociedade ao valorizar com maestria a cultura afro-brasileira. Dar a visibilidade e a dignidade que a ela é renegada por um perverso racismo que não assume a sua posição, que procura manter a população afro-descendente longe de oportunidades justas de vida e que faz o possível para menosprezar e, até proibir, as manifestações em favor das raízes afro e africanas. Entretanto, as pinturas de Alcir Dias representam a alegria e a beleza da cultura negra, além de apresentar a resistência que sempre a caracterizou. Suas pinturas são o frescor necessário às nossas vistas e levam-nos a manifestar o sincero sentimento que sai de dentro de nós: o sorriso de ser negro.
Obs: as imagens foram retiradas do site de Alcir Dias, http://www.adias13.webs.com

Kiusam de Oliveira - OMO-OBÁ, histórias de princesa (livro)

Fonte: e-mail gentilmente enviado por José Geraldo Neres em 15/11/2009.

A África muito além de Tarzã: desfazendo estereótipos (palestra Ricardo Riso - Univ. Estácio de Sá - São Gonçalo)


A África muito além de Tarzã: desfazendo estereótipos

Período: 16 a 19 de novembro de 2009
Horário: 19h/22h – Auditório campus São Gonçalo
Inscrições no SIA

Programação

16/11 – segunda-feira
Responsabilidade Social em benefício dos idosos do Lar Samaritano – SG (doação de biscoitos sem recheio).
“Memórias de velhos - identidade e cultura”: dramatização das estórias narradas pelos idosos do Lar Samaritano.
Homenagem aos idosos presentes com a participação de alunos de Letras (voz e violão).
Palestra: “Inclusão social do idoso: uma questão de responsabilidade social” – Profa. Mestra Geórgia Gomes Vicente (UNESA).

17/11 – terça-feira
Exibição do vídeo “Família Alcântara” e debate sobre “Oralidade e tradição cultural” com a Profa. Dra. Angela Cristina de Souza Rego (UNESA).

18/11 – quarta-feira
Mesa redonda: “Angola, Moçambique e Cabo Verde: uma breve comparação entre as literaturas e as artes plásticas” – participação: Ricardo Riso – artista plástico, pós-graduado em História, Cultura e Literaturas Africanas e Afrobrasileira e graduando do Curso de Letras da Universidade Estácio de Sá; Profa. Dra. Luciane Nunes (UNESA), Profa. Dra. Angela Cristina de Souza Rego (UNESA).

19/11 – quinta-feira
Palestra: “Perspectivas históricas para a África” – Prof. Dr. Maurício Bertola (UNESA)
Roda de Leitura: “África: Palavra e Imagem” com participação dos alunos do Curso de Letras. Sorteio de livros sobre a África e as Literaturas Africanas e de camisetas temáticas. Apresentação de músicas e imagens africanas.


Fonte: e-mail gentilmente enviado pela Profa. Dra. Angela Rego em 14/11/2009.

Tchalê Figueira - Sempre disse (poema)

Poesia não é dactilografia
Poesia é sentir a força do cosmos,
Deus (se ele existe) em cada folha, em cada ser,
O voar dos pássaros, os olhos de uma criança.

Casa do peito como um relógio
Batendo, aurora boreal magnética
Natureza em pleno movimento…

Escriturar versos, é enovelar verbos
Pura empolada de palavras
Pluma de asa quebrada
Exercício redigido sem alma.

Observa as estrelas do céu, poeta!
Cada linha de uma folha caída
De uma árvore em Outono,
As pedras deitadas num deserto
Beijadas pelo vento norte, música
Nos teus ouvidos cantando.

Sente a simplicidade complexa das coisas, poeta!...
O grande e o pequeno, deste universo
Infinito…

(Tchalê Figueira)

Fonte: poema enviado pelo escritor e artista plástico cabo-verdiano Tchalê Figueira em 14/11/2009

Pepetela e a elipse do herói, livro de Robson Dutra


O Consulado Geral de Angola no Rio de Janeiro, a União dos Escritores Angolanos e o autor têm o prazer de convidá-lo para o coquetel de lançamento do livro Pepetela e a elipse do herói, de Robson Dutra, a ser realizado no dia 27 de novembro de 2009, das 16:30 às 20:00h, no Espaço Cultural de Angola, à Avenida Rio Branco, 311, Rio de Janeiro.

O livro será apresentado pelas professoras doutoras Laura Padilha e Ângela Roberti.

Fonte: emai-l gentilmente enviado pelo Prof. Dr. Robson Dutra em 13/11/2009.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Filinto Elísio - Do conhecido Deus (poema)

Do conhecido Deus

a Rute Maria Chaves Pires

De repente, o homem sabe desmerecer
O Deus que conhece. Ao que, no escuro,
Em prece ou meditação lhe convirá ser
Horda pura, hora fugaz, trivial deidade.

Senão, ignaro flato seja, tão profano,
Quão de sábio, falseando ora de poeta,
Ora de profeta, sua palavra derramada
E crase, de soletrada sintaxe, acidental.

Haverá, no primeiro verbo, a dialéctica
De Epicuro e, em seu maldito sussurro,
As entrelinhas com que a metáfora se cose.

Nos demais verbos, como aos seus versos,
Assintomáticos uns, febris outros, em ardis
De frases feitas desse Deus que se conhece…


FILINTO ELÍSIO
(Expoemas e Textamentos)

Fonte: poema gentilmente enviado pelo poeta Filinto Elísio em 13/11/2009

Prosas sobre Prosa - Real Gabinete Português de Leitura


Fonte: e-mail gentilmente enviado pela Sra. Madalena Vaz-Pinto,Diretora do Centro de Estudos do Real Gabinete Português de Leitura.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Livros Nei Lopes e "Questão de Pele" - lançamento, debate e autógrafos


Fonte: e-mail gentilmente enviado por Carolina Casarin, da editora Língua Geral, em 11/11/2009.

África em Nós - exposição e lançamento de catálogo


Fonte: e-mail gentilmente enviado por Luana Antunes da Costa, da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias, Secretaria de Estado da Cultura, Governo de São Paulo, em 11/11/2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Afrotranscendências" no Colégio Pedro II - Niterói (RJ) contou com palestra de Ricardo Riso

Folder do evento AFROTRANSCENDÊNCIAS: Política, História e Cultura, no Colégio Pedro II - Niterói, no qual ministrei a palestra Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: memória, sonho, beleza e rebeldia, no dia 7/11/2009
No dia 7/11, sábado último, fui convidado para ministrar a palestra "Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: Memória, Sonhos, Beleza e Rebeldia", encerrando o evento organizado pela Profa. Lívia Scheiner: "Afrotranscendências: Política, História, Cultura" no Colégio Pedro II - Niterói (RJ). O colégio funciona em uma antiga unidade do CIEP, o belo projeto educacional idealizado por Darcy Ribeiro no início dos anos 1980, mas que não se concretizou em sua plenitude. Infelizmente.



Compondo mesa com os professores Janete Santos Ribeiro e Rodrigo Pain durante o evento durante o evento AFROTRANSCENDÊNCIAS: Política, História e Cultura, no Pedro II - Niterói, dia 7/11/2009. O auditório estava lotado, infelizmente não tenho fotos para mostrar.

Nesse dia dividi a mesa com os professores Rodrigo Pain (CP II – Niterói) e Janete Santos Ribeiro (E. E. Henrique Lage), que debateram o pertinente tema “Cultura afro-brasileira e realidade escolar”.

O calor estava intenso, típico dia de verão no Rio de Janeiro O auditório estava lotado com alunos das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, por sinal, uma plateia atenciosa e interessada. Parabéns para vocês! Mas, infelizmente não poderei postar nenhuma foto da plateia porque as que tenho estão péssimas.



Apresentando o arquipélago de Cabo Verde durante a palestra Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: memória, sonho, beleza e rebeldia, durante o evento durante o evento AFROTRANSCENDÊNCIAS: Política, História e Cultura, no Pedro II - Niterói, dia 7/11/2009.

Como seria uma palestra introdutória, escorei-me nos quatro momentos das literaturas africanas de língua portuguesa assim definidos por Manuel Ferreira para apresentar, de uma forma simples e abrangente, as letras de Angola, Cabo Verde e Moçambique. De Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe utilizei apenas poemas contemporâneos de Odete C. Semedo e Conceição Lima, respectivamente.



Apresentando pinturas do cabo-verdiano Kiki Lima durante a palestra Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: memória, sonho, beleza e rebeldia, durante o evento durante o evento AFROTRANSCENDÊNCIAS: Política, História e Cultura, no Pedro II - Niterói, dia 7/11/2009.

Para tentar aguçar a curiosidade dos alunos, acrescentei fotos das capitais, paisagens, da população local dos países trabalhados e símbolos nacionais como a árvore embondeiro (nosso baobá). Nas letras, com prioridade para a poesia, levei textos, entre outros, de Agostinho Neto, Ondjaki e João Tala em Angola; Mia Couto, José Craveirinha, Rui Knopfli e Luís Carlos Patraquim (Moçambique); e Filinto Elísio, Ovídio Martins e Jorge Barbosa (Cabo Verde). Os textos sendo intercalados com obras de Antonio Olé (Angola), Malangatana e Roberto Chichorro (Moçambique), e Mito, Manuel Figueira e Abraão Vicente (Cabo Verde).

Lendo poema de Filinto Elísio durante a palestra Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: memória, sonho, beleza e rebeldia, durante o evento durante o evento AFROTRANSCENDÊNCIAS: Política, História e Cultura, no Pedro II - Niterói, dia 7/11/2009.

O resultado foi excelente! Adorei ter participado do evento e ter tido a oportunidade de introduzir jovens nessas literaturas. Aqui deixo meu agradecimento aos alunos do Pedro II - Niterói, à Profa. Lívia Scheiner que foi bastante atenciosa desde o nosso primeiro contato e à Profa. Rosângela Freitas, também do Pedro II e minha professora na Estácio de Sá e foi a responsável por me levar ao evento. Meu muito obrigado!

Ricardo Riso

III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Terceiro encontro de Cinema Negro une Brasil, África e Américas

JB Online

RIO - Consolidando cada vez mais o diálogo entre Brasil e África entra em cena, no Rio de Janeiro, o III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas, que acontece entre os dias 9 e 18 de novembro, reunindo representantes do cinema negro de diversas partes do mundo. Idealizado pelo cineasta Zózimo Bulbul, o evento funciona como um fórum de reflexões e ideias, difundidas através de diferentes ações ao redor da cidade. Este ano, o Encontro aposta na nova geração da cinematografia afro-descendente e conta, não só com a participação de diretores renomados, como principalmente, de novos realizadores do Brasil, Estados Unidos, Cuba e de diferentes países do continente africano.

Pela terceira vez consecutiva na cidade, em 2009, o Encontro ampliou a participação de filmes internacionais, incluindo não só obras africanas como de todas as Américas. A curadoria, assinada por Zózimo Bulbul, este ano contou com o apoio de dois cineastas: o conceituado diretor africano Mansour Sora Wade (parte da seleção africana) e o cubano Rigoberto Lopez (parte da seleção caribenha). Ambos estiveram presentes no Encontro de 2008 e, este ano, vêm para intensificar a parceria Internacional. Le feux de Mansaré (Mansour), foi premiado no Fespaco 2009 (Festival Pan-Africano de Cinema de Ouagadogou), o mais importante festival da África, no qual Bulbul já esteve presente por duas vezes, em 1997 e 2009. Nesta última, Bulbul foi convidado pela direção daquele festival para ser curador de uma mostra brasileira representada por oito cineastas.

Para esta edição do III Encontro de Cinema Negro Brasil África e Américas foram selecionados cerca de 50 títulos, entre documentários, longas de ficção, médias e curtas-metragens, na maioria, realizados por jovens diretores, na faixa de 20 e 40 anos. Em geral, são obras contemporâneas que trazem um retrato amplo sobre as tradições e as raízes africanas presentes nas diferentes culturas. "São filmes que falam do mundo, das relações entre as pessoas e que valorizam a terra, a tradição e o território. Na minha opinião, nada mais contemporâneo do que isso", explica Bulbul.

Ao todo, serão 23 filmes brasileiros, 14 africanos, 5 caribenhos e 5 americanos, além de um canadense e um colombiano. Mais uma vez, o evento acontece em diversos pontos da cidade, com ingressos a preços populares (R$ 3) ou com entrada franca. De 9 a 15 de novembro, as atividades se concentram no Centro, tendo como palco o Cinema Odeon BR, o Centro Cultural Justiça Federal, a Lapa (onde uma tenda será montada em praça aberta), além do Centro Afro Carioca de Cinema, onde acontecem encontros diários pela manhã. Na Zona Sul, o Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, abriga o Encontro entre os dias 16 e 18.

Como sempre, o objetivo é valorizar a presença do negro e suas temáticas no cinema nacional e internacional. "Nosso objetivo é mostrar a força e a importância da cultura negra que tentaram esconder por tantos anos e que lutamos até hoje para tirar da invisibilidade", afirma Bulbul. Por isso, além de apresentar uma gama diversificada de filmes, o Encontro busca promover a troca de experiências entre profissionais e público, através de oficinas de capacitação gratuitas e debates com produtores, críticos, estudantes e todos os entusiastas da sétima arte. "Nossa meta é promover o diálogo entre Brasil e África e mostrar que há muitas semelhanças entre as duas culturas mesmo após tanto tempo de ruptura. O Encontro é o nosso quilombo cinematográfico, o nosso ponto de resistência", revela Bulbull

Na lista dos brasileiros presentes estão, ao lado de Zózimo Bulbul, Jefferson Dê, Viviane Ferreira (Marcha Noturna), Luiz Antonio Pillar (Em quadro - A história de 4 negros na tela), Lincoln Santos (Santa Erva), além de Dudu Fagundes (Maestro das Ruas), e Waldir Xavier (Barracão). O Encontro também vai contar com a participação de 12 convidados internacionais. Da África estão confirmados os diretores Cheik Fantamady Camara (Guiné Conacry), Daniel Kamwa (Camarões), Mama Keita (Guiné), Missa Hebie (Burkina Faso), Idriss Diabate (Costa do Marfim), além da atriz Khady Nidaye e do cineasta Mansour Sora Wade (Senegal), do filme Le feux de Mansare. Do Caribe, teremos Anne Lescot e Laurence Magloire (ambas do Haiti), e Rigoberto Lopez (Cuba), que terá seu filme Hacer arte, hacer justicia represenado em persona pelo ator Dany Glober. E, finalmente, representando os Estados Unidos, estarão presentes os diretores Yoruba Rinchen e Allen Harris, tidos como discípulos do famoso documentarista Saint Claire Bourne (1943-2008), o homenageado desta edição.

A largada para o III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas será dada, dia 9, com uma recepção para convidados no Centro Cultural Justiça Federal, a partir das 17h30. Em seguida, às 18h, a Orquestra de Cordas da Grota faz as honras da casa no Cine Odeon. Lá, os mestres de cerimônia Hilton Cobra e Daniela Ornelas entram em cena para iniciar a mesa de abertura, com as falas do Ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do Sr. Zulu Araujo, da Fundação Cultural Palmares. Por fim, ao som de tambores africanos, a voz será do convidado especial da noite: o africano Mansour Sora Wade, que apresenta seu filme Le feux de Mansaré, exibido em seguida para o público.


EXIBIÇÕES

Com cerca de 50 obras na programação, este ano o III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas ampliou a participação de países, trazendo obras não só africanas e brasileiras como também das Américas do Norte e Central. A grande novidade fica por conta do caráter jovem do Encontro e da presença dos americanos Yoruba Rinchen e Thomas Allen Harris, representando o homenageado desta edição, o documentarista Saint Claire Bourne. Cada um deles apresenta dois filmes. São eles: Promised Land e Sister of Good Death, de Rinchen; e Twelve Disciples of Mandela e That's my Face, de Harris. A mostra americana também inclui uma das obras-primas de Bourne, o longa Paul Roberson- Here I Stand.

Dos filmes caribenhos, fazem parte da programação: Mensajero de Los Dioses, Roble de Olor, e Hacer arte, hacer justicia (com o ator Dany Glober), todos da autoria do cubano Rigoberto Lopez, que também esteve presente no Encontro passado. Além desses, completando a lista, temos o De Hombres y de Dioses, de Anne Lescot e Laurence Magloire; e Rue des Cases Negres, de Euzhan Palcy (Haiti).

Dividida em 3 categorias - Longas, Documentários e Ficção -, a mostra brasileira vem com 23 títulos, sobre bairros, tradições e ficção sobre o cotidiano. Dentre esses, destaque para os longas Em Quadro - A História de 4 Negros na Tela, de Luiz Antonio Pillar, e Barracão, de Waldir Xavier. Na categoria Tradições e Bairros, vale destacar o curta Santas Ervas, de Lincoln Santos e Alexandre, e Estação Realengo, de Carlos Maia, respectivamente. Na lista dos documentários, atenção para Mães do Hip Hop, de Janaina de Oliveira, finalizando com os filmes de Ficção, Não Ganhei Este Edital, de Julio Pecly, Caixa Preta, de Ana Claudia Okuti, e Além do Olhar, da Equipe Cinema Nosso.

A mostra africana apresenta 14 obras feitas por diretores de Guiné, Senegal, Camarões, Mali, Nigéria, Mali, Egito, Congo, Costa do Marfim e Burkina Faso. Dentre esses, seis cineastas estarão presentes no III Encontro: Cheik Fantamady Camara (Guine Conacry), Daniel Kamwa (Camarões), Mama Keita (Guine), Mansour Sora Wade (Senegal), Missa Hebie (Burkina Faso), Idriss Diabate (Costa do Marfim), além da atriz do filme Le feux de Mansare, de Mansour.

Além disso, dos 14 títulos africanos selecionados, seis fizeram parte do Fespaco 2009. São eles: Le feux de Mansaré, de Mansour Sora Wade (premiado em 2009); La Fauteuil, de Missa Hebie (premiado em 2009); La Femme Qui Porte I'Afrique; de Idriss Diabate; e En attendant les hommes; de Katy Lena Ndiaye.

SEMINÁRIOS E OFICINAS

Os seminários e oficinas do III Encontro de Cinema Negro Brasil África e Américas visam promover o debate sobre o cinema negro de forma abrangente através do encontro e a troca de experiências entre diretores renomados e inciantes de diversas partes do país e do mundo. Além disso, busca discutir as novas produções e formas de intercâmbio entre produtores, críticos, estudantes e público interessado em cinema em geral.

A programação conta com a presença de convidados especiais do Brasil, África, América Latina e da América do Norte com o intuito de gerar o conhecimento mútuo e a discussão acerca da produção e da distribuição de filmes realizados por cineastas afro-descendentes.

O principal objetivo é resgatar a memória da presença do negro e suas temáticas no cinema nacional e internacional, onde a tradição e a contemporaneidade se encontram e têm como marcas centrais a ancestralidade, a oralidade e a resistência.

Com exceção do encontro de abertura, realizado no dia 10, no Centro Afro Carioca de Cinema, os seminários serão realizados de 11 a 14 de novembro, no Cine Odeon. Já as oficinas serão realizadas no Centro Cultural Justiça Federal, entre os dias 10 e 15, com direito a certificado de participação para quem tiver o mínimo de 70% de presença.

15:19 - 30/10/2009

fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/10/30/e301019286.asp

Quilombos do Brasil - Curso (UNEB)

Fonte: e-mail gentilmente enviado pela Profa. Hildete Santos Costa em 05/11/2009.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Áfricas em Nós - Programação Completa - 16 e 17/11, Univ. Veiga de Almeida/Tijuca-RJ

Caríssimos,
O II ENCONTRO DE CULTURA E LITERATURA - ÁFRICAS EM NÓS a ser realizado nos dias 16 e 17 de novembro, no campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida/Rio de Janeiro, está com sua programação completa. Além dos debates, o Encontro proporcionará oficinas, lançamentos e venda de livros entre outras atividades.
No dia 16 de novembro, às 10h30, participarei de uma mesa-redonda e ministrarei a palestra Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique – diálogo entre as artes plásticas dos países de língua portuguesa. Procurarei demonstrar como os artistas plásticos africanos e brasileiros utilizaram, a partir das vanguardas europeias, a arte como afirmação da identidade nacional, absorvendo-as para em um momento seguinte, rebelarem-se contra este processo e construírem a identidade artística de seus países.

O Encontro, sob a coordenação da Profa. Cristina Prates, tem entrada franca.

Para melhores informações, acompanhem o blog Áfricas em Nós - http://africasemnos.wordpress.com/ ou envie e-mail para africaemnos@gmail.com ou ligue para (21) 2255.66661 – 2255.4614 (falar com Maria Fernanda).
Abraços,
Ricardo Riso







Fonte: e-mail gentilmente enviado pela organizadora do evento, Profa. Cristina Prates, em 2/11/2009

ESPELHO ATLÂNTICO – MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA (São Paulo - 10 a 15/11)



Após o furor cinematrográfico provocado pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que neste ano não exibiu nenhum filme africano, a Matilha Cultural e a curadora Lilian Solá Santiago promovem a ESPELHO ATLÂNTICO – MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA, como programação exclusiva para o Mês da Consciência Negra. A primorosa seleção de filmes propõe um olhar contemporâneo da diversidade cultural do vasto continente africano e de seus descendentes dispersos pelo mundo.

A ESPELHO ATLÂNTICO vem sendo realizada há dois anos na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, acompanhada por um público crescente e fiel. O cronograma do evento paulistano inclui a exibição de 11 filmes, africanos, europeus e brasileiros sobre a temática, a maioria deles inéditos em São Paulo.

A abertura da Mostra acontece na terça-feira, 10 de novembro às 19 horas, no Espaço Matilha Cultural, com coquetel e a primeira exibição em 35mm de “Graffiti”, dirigido por Lilian Solá Santiago.

De 10 a 15 de novembro de 2009 (terça a domingo)
Exibições gratuitas, sempre às 19:00h.
ESPAÇO MATILHA CULTURAL
R. Rego Freitas 542 - São Paulo – Brasil (próx. à R. da Consolação)
fone:11 3256.2636


Mais informações sobre a Mostra:
http://liliansantiago.blogspot.com/
http://matilhacultural.com.br/2009/10/espelho-atlantico-mostra-de-cinema-da-africa-e-da-diaspora/


PROGRAMAÇÃO E SINOPSES
Dia 10/11 - terça-feira - abertura com coquetel
Graffiti
(ficção / documentário)
Lílian Solá Santiago (Brasil, 2008, 10 min.)
São Paulo é a cidade mais grafitada do mundo. "Graffiti" acompanha o rolê solitário de Alê numa das semanas mais sinistras que essa cidade já viveu – dos ataques do PCC, e a violenta revanche da polícia em 2006. O que o move a enfrentar as ruas nessa noite? Ganhador do Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem. Com Sidney Santiago e Chico Santo.
Sessões: 19:30, 20:00, 21:00 e 21:30 horas.

Dia 11/11 – quarta-feira
O som e o resto
(ficção)
André Lavaquial (Brasil, 2007, 23min)
Jahir é um virtuoso baterista carioca que toca numa banda evangélica. Ao se indispor com o pastor da igreja, se vê sozinho na rua com seu instrumento e inicia uma jornada existencial rumo à sua música. Participou de importantes festivais internacionais e, em 2008, foi o único curta-metragem brasileiro a conquistar uma vaga do Festival de Cannes, na seção Cinéfondation.

Cariocas (documentário)
Ariel de Bigault (França, 1989, 57 min.)
“Cariocas” mostra diversas facetas do samba no Rio de Janeiro. Grande Otelo, nos guia ao encontro dos grandes músicos da cidade. Realizado originalmente para a TV francesa, conta com importantes depoimentos de Martinho da Vila, Paulo Moura, Velha Guarda da Portela, Nelson Sargento, Wilson Moreira, e Joel Rufino dos Santos.

Dia 12/11 – quinta-feira
Balé de pé no chão
(documentário)
Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro (Brasil, 2006, 17 min.)
Documentário sobre Mercedes Baptista, principal precursora da dança afro-brasileira. Bailarina de formação erudita, cria seu grupo na década de 50, e estuda os movimentos do candomblé e das danças folclóricas. Participou de vários festivais nacionais e internacionais. A versão de 52 minutos para televisão ganhou, entre outros, o Prêmio de Melhor Documentário no I Hollywood Brazilian Film Festival, 2009.

Esperando os homens (documentário)
Katy Lena Ndiaye (Senegal/ Mauritânia/ Bélgica, 2007, 56 min.)
Em Hassania, no abrigo de Oualata, uma cidade vermelha na fronteira distante do deserto de Sahara, três mulheres praticam pintura tradicional decorando as paredes da cidade. Em uma sociedade dominada pela tradição, pela religião e pelos homens, estas mulheres expressam-se livremente, discutindo o relacionamento entre homens e mulheres. Presente em mais de 20 festivais internacionais.

Dia 13/11 – sexta-feira
Ossudo
(ficção / animação)
Júlio Alves (Portugal, 2007, 14 min.)
Baseado no conto "Ossos", do famoso escritor moçambicano Mia Couto, este filme é uma história de amor entre duas pessoas desamparadas. Participou de mais de vinte festivais pelo mundo. Recebeu, entre outros, o Troféu de Melhor Filme Português e o Troféu Ouro Animação no 36º Festival Internacional do Algarve.

Kuxa Kanema – O nascimento do cinema (documentário)
Margarida Cardoso (Bélgica / França / Portugal, 2003, 52min.)
O governo Moçambicano cria após a independência, em 1975, o Instituto Nacional de Cinema (INC), pois o presidente, Samora Machel, sabia do poder da imagem para a nação socialista. O filme acompanha a ruína do INC após um incêndio e a desilusão dos moçambicanos com o regime. Vencedor do Festival de Nova York de Filmes Africanos, entre outros.

Dia 14/11 – sábado
Maria sem graça
(ficção)
Leandro Godinho ( Brasil, 2007, 14min.)
Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, atormenta a vida de sua mãe para alcançar seu maior sonho: ser a apresentadora Xuxa Meneghel. Selecionado para o Festival Internacional de curta-metragens de São Paulo.

Cabo Verde, meu amor (ficção)
Ana Lisboa (Portugal/ França/ Cabo Verde, 2007, 76 min.)
A condição feminina em Cabo Verde na atualidade é o foco principal deste primeiro longa metragem da cineasta Ana Lisboa. Falado em crioulo cabo-verdiano, foi totalmente rodado na Cidade da Praia com um vasto elenco de atores amadores. Primeiro filme realizado e produzido em Cabo Verde, por cabo-verdianos.

Dia 15/11 – domingo
Black Berlim
(ficção)
Sabrina Fidalgo (Alemanha / Brasil, 2009, 15 min.)
Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em Berlim. Na capital alemã, leva uma vida muito distante de suas verdadeiras raízes. Porém tudo muda quando ele frequentemente passa a encontrar Maria, uma imigrante ilegal do Senegal. Apesar de ignora-la ele começa a ter visões de personagens estereotipados, que o remetem a um passado que ele prefereria esquecer. Inédito.

O Herói (ficção)
Zezé Gamboa (Angola / França / Portugal, 2004, 97 min.)
Um soldado mutilado na explosão de uma mina volta à Luanda após 20 anos de combates. No elenco o senegalês Makena Diop, as brasileiras Maria Ceiça e Neuza Borges. Premiado no Festival de Sundance (EUA) e no Festival de Cinema Africano de Milão, entre outros.

Fonte: e-mail gentilmente enviado pela organizadora do evento, Lílian Santiago, da Terra Filme Digital, em 03/11/2009.

Filinto Elísio - Outros sais na beira mar (romance)

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Novo livro do cabo-verdiano Filinto Elísio, agora em romance, Outros sais além do mar, a ser lançado pela editora Letras Várias, Lisboa.


Fonte: e-mail gentilmente enviado por Filinto Elísio em 03 de novembro de 2009.