quinta-feira, 29 de maio de 2008

Simone Caputo Gomes, uma entrevista

A entrevista que segue foi gentilmente enviada pela Profa. Dra. Simone Caputo Gomes (Universidade de São Paulo) para mim. Ela conta sobre a sua infância, juventude, Educação, e, é claro, Cabo Verde e sua literatura.
Ricardo Riso


ENTREVISTA COM A PROFA. DOUTORA SIMONE CAPUTO GOMES, DE LITERATURAS AFRICANAS DA UNIVERSIDADE DE S. PAULO, PARA O PORTAL DA EMBAIXADA DE CABO VERDE NO BRASIL
em 24/05/2008
1. Onde nasceu?
Na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro.
2. Conte um pouco sobre a sua infância e juventude.
Minha infância foi boa, alegre,com a família, avó que contava estórias, avô italiano que cantava ópera e fazia discursos à mesa do almoço, cercada de primos que corriam pela casa, amigos. Morávamos numa casa grande e vivíamos às voltas com o meu cão, o Lilico, que conosco brincava de esconde-esconde, imagine. Muitas brincadeiras sadias, de um tempo de pureza, como pular amarelinha, corda, brincar de roda, de miss (adorava os sapatos altos da mamãe), de professora, de “casinha” e vendinha. E muito estudo, que foi sempre uma paixão natural para mim. Li muito cedo e isto me distraía muito, imaginava mundos. Na adolescência, de famíliapobre (como a maioria das famílias brasileiras daquela época), estudava muitopara poder ingressar nos melhores colégios. Fazia esportes, tocava piano,enfim, tive uma vida muito rica em todos os sentidos.
3. Que sonhos tinha quando jovem?
Queria ser bailarina clássica. Achava maravilhoso aquele vôo dasbailarinas e a sua leveza. Não cheguei a realizar este sonho profissionalmente(meus vôos são outros, em outras artes), mas já na casa dos vinte e poucosanos fiz balé clássico por algum tempo e mais tarde ainda, balé flamenco. Outros sonhos eram ter uma vidaconfortável e harmônica, viajar bastante,ter uma utilidade para a comunidadee, quem sabe, para o mundo (adolescente sonha grande, não é?). Fazendo umbalanço da minha trajetória, penso que, degrau a degrau, pedra a pedra,consegui tudo isto. É uma sensação plena, muito boa. Nunca tive grandesambições, porque nossa vida em família sempre foi dura em termos econômicos,mas não menos feliz e produtiva.
4. E hoje, que sonhos povoam a sua mente?
Manter a harmonia feliz de minha família, fazer mais amigos e conquistardia-a-dia os já conquistados, ver os netinhos adotivos crescerem, ver o alunosbrilharem e criarem novas áreas de estudo, escrever mais livros, ter mais tempopara pintar, criar documentários. Viagens obrigatórias: aos países africanosde língua portuguesa que ainda não conheço, também ao Egito e à Grécia.Outro sonho, uma casa no campo_ com água de cachoeira correndo_ para cultivaramigos, telas, discos e livros... e muito mais, como diz a letra da música “Casano campo” do José Rodrix, cantada pela divina Elis Regina.
5. O que a motivou a se interessar, em especial, por Cabo Verde?
Um livro chamado A invenção do amor, de Daniel Filipe, que descobriser cabo-verdiano. A poderosa comunicação que o autor estabelecia com oleitor, os sentimentos de indignação com a ditadura portuguesa e a proposta deespalhar um “vírus contagiante” (palavras do poeta), o AMOR, puxou-me comouma corrente de rio para Cabo Verde e sua literatura; concomitantemente, comeceia estudar sua língua, sua cultura e a admirar a beleza de sua terra e de seu povo.
6. Quando e de que maneira ocorreu sua primeira visita a Cabo Verde?
Em 1993, para lançamento do livro (originalmente dissertação de Mestrado,defendida em 1979 no Brasil) sobre Cabo Verde na poética de Daniel Filipe, fuiao arquipélago, convidada pelo Presidente do Instituto Caboverdiano do Livro edo Disco na época, Tomé Varela. Generosamente, fui recebida peloscabo-verdianos e, guiada principalmente pelos olhos do hoje grande amigo Tomé edo Embaixador do Brasil em Cabo Verde naquele momento, Dr. Nuno Álvaro (eesposa), pude conhecer várias ilhas e referendar um amor por Cabo Verde quecomeçou nas páginas do livro e se mantém pelo contato com o vento na pele e ocheiro da terra, com as paisagens agrestes, os mares verde-turmalina às vezesesmeralda, as gentes alegres e calorosas, cheias de morabeza.
7. Quais as transformações marcantes que ocorreram em Cabo Verde, desde asua primeira visita ao país?
Muitas e positivas. A melhora da qualidade de vida dos cabo-verdianos éimpressionante, assim como o desenvolvimento das cidades, da arquitetura e daconstrução civil, do turismo, das telecomunicações, a dessalinização daágua (investimento caro) em várias ilhas, possibilitando vencer comdeterminação um dos flagelos referidos pelos escritores _ a seca persistente.Os sucessivos governos cabo-verdianos têm sido sensíveis e atuantes no sentidode solucionar os problemas do arquipélago, sobretudo os provocados pelocontexto geoclimático, incrementando ainda o desenvolvimento da educação, dacultura, assim como a preservação do patrimônio material e imaterial.
A erradicação do analfabetismo,que vem ocorrendo aceleradamente desde a independência, e a alfabetizaçãobilíngüe, facilitada pela instituição do ALUPEC, têm possibilitado aocidadão o acesso à leitura do mundo, como diria Paulo Freire.
Cabo Verde na África, hoje, éum dos países mais bem sucedidos e, no mundo, encarado como promessa dedesenvolvimento, especialmente no que toca ao setor turístico e à suaimportância para os estudos dos ventos.
8. O que há de melhor em Cabo Verde?
Acho que Cabo Verde exacerba em qualidades. Sem dúvida, tudo o que emana dopovo cabo-verdiano é excepcional: sua música (hoje, o bilhete de identidade docabo-verdiano no mundo), as tradições orais, os rituais (como o batuque e atabanca), o artesanato, a panaria, a culinária. Na vertente intelectual, sualiteratura alcança graus notáveis de criatividade e representatividade, tantono texto em língua portuguesa quanto no texto em crioulo, que busca umacomunicação maior com a população que só domina a língua materna e trazpara o texto em língua portuguesa a fala e as tradições populares. As artesplásticas, sobretudo a pintura, são também expoentes do poder criativo de umpovo que sabe viver a vida: trabalha muito, constrói vencendo os ventos e aspedras, e dança, canta, acolhe, ama.

E a natureza... a beleza de cadailha, as paisagens que não estou habituada a ver, as surpresas a cada viagemque faço: uma ilha com aspecto lunar e majestade do vulcão aqui (ilha doFogo), outra de praias branquíssimas, com longas faixas de areia solitárias,faróis bucólicos à beira de penhascos, extensões agrestes com um oásisverde, luxuriante, de vez em quando, casinhas isoladas em vastidõesmontanhosas, vento violentos que curvam as árvores, mas não conseguem dobraras pessoas.
9. Qual foi a sua experiência mais positiva naquele país?
Na verdade, só tive experiências positivas em Cabo Verde. Diria mesmomágicas. A maior e sequer imaginada, receber de um Presidente da República (oDr. Pedro Pires) a mais importante condecoração de um país: a Ordem do Vulcão de Primeira Classe (Medalha), a 4 de julho de 2007, pelos 31 anos de pesquisa e trabalho desenvolvidos com a cultura e a literatura de Cabo Verde.Chorei de emoção durante dois dias seguidos quando tive a notícia da comenda,porque nem nos meus mais caros sonhos poderia supor que, nesta vida de muitoestudo e trabalho quase anônimo poderia ser vista com olhos tão amorosos erecebida como irmã por (a)braços tão carinhosos.
10. O que acha que poderia ocorrer para acelerar o crescimento de Cabo Verde?Qual o seu pensamento acerca de uma aliança com os Estados Unidos?
Um investimento maior no setor de Turismo (nacional e internacional), emvirtude das belezas naturais singulares que o arquipélago apresenta nadiversidade das suas ilhas, assim como possibilidade de sol durante todo o ano,devido às características peculiares do clima. Para tanto, é fundamentalincrementar e aperfeiçoar os transportes das cidades mais importantes do globoaté Cabo Verde (no Brasil, os TACV partem de Fortaleza) e as ligaçõesinter-ilhas (aéreas e, sobretudo, marítimas). Já há hotéis e resorts excelentes, mas é preciso um investimento nacional maior nas infra-estruturas turísticas e na divulgação do país como paraíso atlântico, de vida calma edemocracia consolidada. A localização privilegiada do arquipélago entre oscontinentes africano, europeu e americano _ constatada pelos navegadores daépoca colonial _ concorre para que países como os EUA já percebam e valorizema importância de investir em Cabo Verde para a expansão comercial, além daturística. Qualquer aliança que contribuapara o desenvolvimento do país, sem interferir na sua trajetória de democracia, soberania e paz social, com certeza será bem recebida. Investimentos também no que diz respeito à economia da cultura, àpreservação e divulgação do patrimônio são também relevantes. A música ea pintura de Cabo Verde, por exemplo, de qualidades excepcionais, merecem maior destaque nos mercados internacionais.
11. O que acha da decisão do Ministério da Educação de liberar R$ 2milhões para serem investidos no Programa de Ações Afirmativas para aPopulação Negra nas Instituições Federais e Estaduais de Educação Superior(Uniafro)?
O conhecimento profundo da África, derrubando estereótipos e dando visibilidade à riqueza plural que a compõe, tem sido um dos objetivos do atualgoverno brasileiro. A costela africana que constitui a identidade brasileira e acontribuição do Brasil para a consolidação das nações e das culturasafricanas, em especial as de língua portuguesa, é um fenômeno recíproco queos cidadãos brasileiros, desde o ensino fundamental ao superior, precisamconhecer e valorizar no dia-a-dia. Nossa música, nossos hábitos, nossa línguatêm inúmeras afinidades que a história conta e a educação formal devequalificar.

A implantação de núcleos deestudos afro-brasileiros nas universidades está se tornando um hábito salutar.Neste sentido, a Universidade de S. Paulo (USP), onde trabalho, tem sido umapioneira, com o nosso CELP (Centro de Estudos de Literaturas e Culturas deLíngua Portuguesa) e o famoso Centro de Estudos Africanos.
12. Está a par se a Lei 10 639, de 9 de janeiro de 2003, está sendoaplicada no Brasil?
A Lei 10 639, de 9 de Janeiro de 2003, revista agora pela LeiOrdinária nº 11 645,de 10 de março de 2008, na verdade altera ecomplementa a Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizese Bases da Educação Nacional, lei máxima da educação no Brasil, portanto.As duas leis que alteram a LDB o fazem no sentido de incluir os segmentosindígena e afro-descendente da população brasileira, relegados por muitotempo a papel secundário a partir da própria legislação educacional. Paraincluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo dahistória e cultura das populações afro-brasileira, africanas e indígena ogoverno Lula estabeleceu essa legislação e o Conselho Federal de Educaçãoemitiu o Parecer CNE/CP Nº 3/2004, em 10.3.2004, e a Resolução nº 1,de 17 de junho de 2004, que regulamentam as alterações da Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional traçando as Diretrizes Curriculares Nacionais paraa Educação das Relações Étnico -Raciais e para o Ensino de História eCulturas Afro-Brasileira e Africana.
Este conjunto jurídico buscacumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210,Art. 206, I, § 1º do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26 Ae 79 B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que asseguram odireito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantemigual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.

A Resolução do CNE diz respeito à capacitação de professores pelas instituições de ensino superior, aotratamento temático e disciplinas relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e Africanas, em todos os níveis e modalidades da Educação Brasileira.
O cumprimento das referidas Diretrizes Curriculares, por parte das instituições de ensino, seráconsiderado na avaliação das condições de funcionamento do estabelecimento.A implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação dasRelações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e CulturasAfro-Brasileira e Africanas constituem-se de orientações, princípios efundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, e têmpor meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio dasociedade multicultural e pluriétnica brasileira, buscando relaçõesétnico-sociais positivas, rumo à construção de nação democrática.
A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto àpluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociarobjetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais evalorização de identidade, na busca da consolidação da democraciabrasileira. O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem porobjetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dosafro-brasileiros e africanos, bem como a garantia de reconhecimento e igualdadede valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado dasindígenas, européias, asiáticas.
O ensino sistemático deHistória e Culturas Afro-Brasileira e Africanas na Educação Básicarefere-se, em especial, aos componentes curriculares de Educação Artística,Literatura e História do Brasil.
Os sistemas de ensino tomarãoprovidências no sentido de garantir o direito de alunos afro-descendentes defreqüentarem estabelecimentos de ensino de qualidade, que contenhaminstalações e equipamentos sólidos e atualizados, em cursos ministrados porprofessores competentes no domínio de conteúdos de ensino e comprometidos coma educação de negros e não negros, sendo capazes de corrigir posturas,atitudes, palavras que impliquem desrespeito e discriminação.
Esta estrutura, que não édivulgada com a ênfase que deveria, já está a ser implantada nas escolas,desde a educação fundamental. As universidades, públicas e provadas, têmtentado abrir espaço para a aplicação da LDB e legislação correlata,formando os professores que atuarão em todos os níveis educacionais, masconsidero que ainda estamos em tempos de implantação e há um caminho apercorrer – e devemos fazê-lo rapidamente, sobretudo as universidades, queformam os quadros que atuarão nos níveis subseqüentes do ensino. É precisoque a sociedade civil se sensibilize e cobre da universidade e das escolas aefetiva aplicação do conjunto jurídico referido.
13. Como profunda estudiosa de Cabo Verde, considera que há vantagens eoportunidades de negócios para quem deseja investir no país?
No momento, Cabo Verde é o país que atrai mais investimento em África,segundo o jornal da RTP, em virtude de seu crescimento econômico. Investimentosturísticos nas várias ilhas podem ser realizados, diluindo a concentração deresorts apenas na ilha do Sal e expandindo o potencial do arquipélago (asopções turísticas podem ser várias: Turismo Náutico e Balnear, Ecoturismo,Turismo de Montanha, Turismo Cultural e Turismo de Negócios, atraindo outrosmercados emissores para além dos habituais italianos e portugueses). Também investimentos imobiliários, em construção, de pesquisa da energia eólica, em companhias aéreas e marítimas (de transporte rápido entre as ilhas), em comunicações, em recursos humanos têm ampliado o campo dos investimentos cabo-verdianos para os países asiáticos, como a China, europeus como a Inglaterra e a Espanha, e para os EUA. Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), em visita ao arquipélago em 2007, concluiu que, no ano anterior, a economia do país cresceu 10,8 %, oferecendo portanto possibilidades de investimento seguro para o empresariado.

A capacidade de criar novos mercados para produtos nacionais pode ainda ser um tipo de investimentorentável, por exemplo o Mercado dos Emigrantes e Descendentes Cabo-verdianos no Estrangeiro – cerca de 2 milhões. Assim, instituir políticas e programas para colocar produtos cabo-verdianos junto à comunidade crioula na diáspora não só serve para alavancar a economia nacional, mas também para o Estado aproximar e integrar a comunidade de emigrantes às raízes.
Esse desafio social eeconômico leva o emigrante a ter uma participação mais ativa na economianacional, não somente enviando divisas mas também consumindo os produtos fabricados nas ilhas.
14. Em sua opinião, o que mais atrai o visitante/investidor em Cabo Verde?
Sua potencialidade turística e cultural, a paz social e a segurança daspolíticas praticadas, o clima temperado de sol contínuo, as águas tépidas eque não conhecem a poluição, a culinária, os ritmos (morna, coladeira, funaná, batuque) e a alegria contagiante do povo. Enfim, a beleza em todas as suas variações: da paisagem física, humana, social.
15. Das estórias antigas que a comunidade local conta, qual acha maisinteressante ou marcante?
Gosto muito das lendas sobre a origem ou o nascimento do arquipélago deCabo Verde. É mais ou menos assim: o Deus Criador trabalhou seis dias no barrooriginal e criou todo o mundo, espalhou todas as riquezas por ele e deu suatarefa por terminada. Limpou o barro que ainda sobrou nas mãos e disse pronto. Agora vou descansar no sétimo dia. Só que, do resto de barro das mãos dedeus, respingos formaram as ilhas que compõem o arquipélago de Cabo Verde. Eentão Deus pensou: mas lá, nestas terras escalavradas e secas, quasedesérticas, ninguém vai ter coragem de morar, com tanta terra rica no mundo.Deus não conhecia a determinação do povo cabo-verdiano, que se instalou nasilhas e formou uma civilização ímpar no Atlântico.
Outra lenda, a atlante, concebeas ilhas de Cabo Verde como destroços da submersão do antigo continente Atlântida. Por isto o oceano que abriga o arquipélago se denominariaAtlântico.
Outro mito, este jáerudito, apresentado pelos intelectuais, é que as ilhas de Cabo Verde seriam as Hespérides, (f)ilhas do rei Héspero, virgens guardadas por um feroz dragãoporque simbolizavam ilhas onde nasciam árvores com frutos (pomos) de ouro. Nesta versão, Cabo Verde abrigaria uma riqueza ímpar, em compensação à secura de suas terras.
16. Possui muitas fotografias de cabo Verde? Poderia nos ceder cópia?
Sem dúvida, tenho procurado documentar minhas viagens a Cabo Verde e possoceder fotos e imagens filmadas de grande beleza e significação cultural esocial.
17. O que é felicidade, na sua concepção?
Primeiramente, partilhar de uma família feliz, seja ela de sangue ouadotiva (no meu caso, as duas se entrelaçam a ponto de não distinguirmos asorigens). Depois, ter amigos, uma dádiva realmente. Em síntese, e com não menos importância, gostar da vida que tenho e daquilo que faço. Acho que este é o segredo do sucesso pessoal, da felicidade, do entusiasmo que rejuvenesce. Estar em sintonia com o que o cosmos me concede, que tem sido muito mais do que um dia desejei.

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